A Pastelaria Alcôa, localizada na pitoresca vila de Alcobaça, a apenas uma hora de carro a norte de Lisboa, parece uma padaria moderna à primeira vista. No entanto, por trás da sua vitrine elegante repleta de doces coloridos e premiados, esconde-se uma história rica e uma paixão profunda pela tradição.
Do outro lado da rua fica o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, a inspiração por trás dos doces da Alcôa. Durante séculos, as freiras do mosteiro aperfeiçoaram as suas técnicas de confeitaria dentro dos seus muros, criando doces conventuais deliciosos e únicos. Paula Alves, a proprietária da pastelaria, dedica-se a recriar meticulosamente essas receitas testadas pelo tempo.
Para Paula Alves, reviver estas receitas e métodos tradicionais é mais do que apenas cozinhar; é uma missão para recuperar uma forma de arte perdida. Motivada por um caderno empoeirado de receitas manuscritas herdado da sua família, ela se dedica a pesquisar e experimentar na cozinha, buscando incansavelmente as peças que faltam neste puzzle culinário.
Os doces portugueses são um delicioso testemunho da rica história do país. As influências árabes, introduzidas durante a invasão do século VIII, lançaram as bases para estas iguarias deliciosas. Com a chegada do açúcar no século XV, as freiras engenhosas encontraram um uso para as gemas de ovo que sobravam – um subproduto da utilização das claras de ovo para engomar os seus próprios hábitos e as roupas dos nobres. Transformando estas gemas em cremes e doces ricos, as freiras os vendiam aos habitantes da cidade, gerando receita para os conventos.
Em 1957, a Pastelaria Alcôa abriu as suas portas à sombra do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Quando Paula Alves e o seu marido compraram a pastelaria em 1983, ela estava determinada a reviver os doces conventuais tradicionais. No entanto, descobrir as receitas secretas das freiras não foi fácil. As freiras guardavam as suas receitas com muito cuidado, deixando poucas pistas.
Paula Alves transformou-se em detetive culinária, passando horas em arquivos decifrando registos históricos e convertendo textos e medidas antigas. A sua dedicação valeu a pena, e com pesquisa meticulosa e experimentação incansável, ela conseguiu recriar doces como as cornucópias, que se tornaram o bestseller da Alcôa.
“As freiras tinham muito tempo livre e dedicavam-no a aperfeiçoar os seus doces conventuais”, diz Paula Alves. “O tempo é um elemento chave. Não é possível acelerar o processo sem sacrificar o sabor.”
Com base em rigor e paixão, Paula Alves continua a pesquisar e recriar doces conventuais, introduzindo um novo doce por ano. Os seus esforços valeram à pastelaria 14 prémios nacionais ao longo de 21 anos. Um dos pontos altos da sua carreira foi cozinhar para o Papa Francisco durante a sua visita a Portugal em 2017.
A Pastelaria Alcôa oferece mais do que apenas doces deliciosos; oferece uma experiência única que transporta os visitantes para o passado, através dos sabores e aromas dos doces conventuais tradicionais. A dedicação de Paula Alves em preservar e reviver esta tradição torna a Pastelaria Alcôa um destino imperdível para qualquer pessoa que aprecia a história, a cultura e a gastronomia portuguesa. Esteja em Lisboa ou em Alcobaça, uma visita à Pastelaria Alcôa é obrigatória
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